Cineasta: Manuel de Oliveira

Nasceu no Porto, e é um cineasta português com uma das mais longas carreiras na cinematografia portuguesa. Realizador mais velho do mundo em actividade, autor de trinta e duas longas-metragens.
Ainda jovem foi para A Guarda, na Galiza, onde frequentou um colégio de jesuítas.
Berlim: sinfonia de uma cidade, o documentário vanguardista de Walther Ruttmann, influência-o profundamente. Tem então a ideia de rodar uma curta-metragem sobre a faina no Rio Douro  Douro, Faina Fluvial (1931)
Adquiriu entretanto alguma formação técnica nos estúdios da Kodak, na Alemanha e, mantendo o gosto pela representação, participou como actor no segundo filme sonoro português, A Canção de Lisboa (1933), de Cottinelli Telmo,
Só mais tarde, em 1942, se aventuraria na ficção como realizador: adaptado do conto Os Meninos Milionários, de Rodrigues de Freitas, filma Aniki-Bobó (1942), um enternecedor retrato da infância no cru ambiente neo-realista da Ribeira do Porto. Só voltaria ao cinema catorze anos depois, com O Pintor e a Cidade, em 1956.
O Acto da Primavera e A Caça são obras marcantes na carreira de Manoel de Oliveira. O primeiro filme é representativo enquanto incursão no documentário, trabalhado com técnicas de encenação, o segundo  que conheceu a supressão de uma cena por parte da censura  como ficção pura em que a encenação não se esquiva ao gosto do documentário.
Manoel de Oliveira insiste em dizer que só cria filmes pelo gozo de os fazer, independente da reacção dos críticos. Apesar dos múltiplos condecorações em alguns dos festivais mais prestigiados do mundo, tais como o Festival de Cannes, Festival de Veneza ou o Festival de Montreal, leva uma vida retirada e longe das luzes da ribalta. Durante o Festival de Cannes em 2008, foi congratulado e felicitado pessoalmente pelo actor norte-americano Clint Eastwood.



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